domingo, 24 de junho de 2012

BREVE HISTÓRICO DA SOCIEDADE BENEFICENTE SÃO LÁZARO

    A Sociedade  Beneficente São Lázaro, foi criada em  10 de março 1943, pela Yalorixá fundadora do Terreiro do Bonocô, atualmente denominado Ilê Axé Maroketu,   Cecilia Moreira de Britto. A Sociedade Beneficente São Lázaro  representa juridicamente o Terrerio Maroketu, localizado  desde a sua fundação na antiga ladeira do Bonocô, 65, atualmente,  Rua Antônio Viana.

Dentre as finalidades da Sociedade pode-se destacar a de manter, orientar e divulgar o Candomblé, em respeito absoluto aos legados dos antepassados, dentro da tradição Orixá que originou o Terreiro, assegurar a manutenção do patrimônio e da infraestrutura necessária ao bom funcionamento do culto Orixá no Ilê Axé Maroketu, além de  defender, utilizando-se dos meios oferecidos pela lei, a natureza – nascentes de rios, mares, matas, pedreiras – contra qualquer forma de destruição irracional, considerando que tais danos põem em risco a manutenção das práticas do Candomblé.

 A Sociedade Beneficente São Lázaro é declarada de Utilidade Pública por meio da Lei Municipal de nº. 4809/93 e o Ilê Axé Maroketu é reconhecido, como Patrimônio Afro- Brasileiro desde 12 de junho de 2006, através da Portaria de Nº 13, publicada no Diário Oficial da União.

domingo, 25 de dezembro de 2011

Yalorixá Pastora de Iemanjá

Festa de Obaluaê








Confirmação do Ogã de Xangô









Histórico do Terreiro Ilê Axé Maroketu

O Ilê Axé Maroketu descende das mais legítimas linhagens do culto afrobrasileiro,
aonde a tradição e a religião de origem africana vêm sendo
preservadas. Fundado pela Ialorixá Cecília Moreira de Brito, na primeira
metade deste século, 1943, na Ladeira do Bonocô, hoje Rua Antonio Viana, 65,
no antigo Bairro da Quinta das Beatas, atual Bairro de Cosme de Farias,
próximo ao histórico local onde se praticava o culto de Babá Gunocô, lugar
famoso na época de 1940.
A Ialorixá Cecília, antes conhecida por Cecília da Liberdade, tornou-se famosa
por sua capacidade de bem administrar seu terreiro e guardiã impar da tradição
africana conforme atestam pessoas que a conheceram e pesquisadores como
Edison Carneiro, Roger Bastide, Vivaldo Costa Lima que oferecem elogiosas
notícias.
Era do Orixá Azoani. Filha religiosa de Damiana Oxalafalaqué que por sua vez
foi iniciada pela legendária Iya Magebassan. Os elementos sagrados do culto a
Azoani, Obaluaê na terra de Ketu, foram devidamente preparados por
Martiniano do Bonfim, irmão religioso de Damiana e filho por consangüinidade
de Magebassan.
Herdamos ensinamentos e as tradições da África ocidental, especialmente do
antigo Daomé e Nigéria. Atendia aos desígnios do seu Orixá, bem integrada no
mundo afro-brasileiro se relacionava com pais e mães de santo importantes de
sua época como Bernardino do Bate-Folha, Procópio do Ogunjá, Senhora do
Afonjá, Menininha do Gantois, Mãe Caetana Bamboxê e seus irmãos Irene e
Taurino Bamboxê, para além da cidade de Salvador com Nezinho de Muritiba e
com o Terreiro Seja Hundê de Cachoeira.
O Terreiro é denominado de Ketu, mas com fortes raízes assentada no culto
jejê para Azoani. E uma deferência especial ao Orixá Xangô. A atual Ialorixá é
Mãe Pâstora de Iemanjá Ogunté, iniciada por Procópio do Ogunjá que após
sua morte se filiou a Manoel Cerqueira de Amorim (Nezinho do Portão – cidade
de Muritiba).